O Presidente do Uberlândia Esporte Clube, Jânio Cabral, e o o 1º vice, Renato Batista, se reuniram com a imprensa, na manhã desta terça-feira (26), para fazer um balanço do Campeonato Mineiro 2024, além de explicar a situação da parceria das categorias de base e a razão pelo qual declinou convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para disputar a A2 do Campeonato Brasileiro Feminino. Também, falou sobre o ofício do Ministério Público de Minas Gerais (MPE).

No início, o vice Renato Batista fez um levantamento sobre o Campeonato Mineiro 2024, onde a equipe saiu do último lugar e disputou o Troféu Inconfidência, garantindo, além da permanência na elite, uma vaga na Série D de 2025.

Em seguida, o presidente Jânio explanou a respeito do clube ter optado por fazer uma parceria com o Esporte Social Uberlândia (Essube) nas categorias sub-15 e sub-17, e como utilizará o sub-20 no decorrer de 2024.

“Apesar dos grandes resultados na base no ano passado, tivemos uma dificuldade para aprovação de projeto da Lei de Incentivo, pois temos um problema no Tribunal de Contas da União para a aprovação de contas lá de 2012. A cobrança era de R$ 1,450 milhão e conseguimos baixar esse débito para R$ 131 mil. Ele está no TCU com risco de ir para o cadastro de devedores da União e instauração de procedimento especial de prestação de contas, o que seria muito difícil para o clube. Temos dois projetos aprovados, mas não podemos captar”.

Jânio relatou outro problema de prestação de contas de projetos da base, desta vez, relacionado ao ano de 2017. “A nível estadual temos problemas de 7 anos atrás. Procurei o gestor da época e ele me disse que quem prestou contas foi a gestão posterior. Procurados, nos disseram que nada poderiam fazer para nos ajudar, que esse projeto teria sido elaborado e trabalhada a prestação de contas por dois profissionais. Esses foram procurados e informaram que não foram eles. Com isso, não temos como aprovar nenhum projeto a nível de estado”.

Jânio também informou sobre o motivo da recusa em participar da série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol. “O convite chegou para tomar a decisão em 26 horas. Nós não temos planejamento orçamentário, financeiro. Não estava prevista essa participação. Então, nós fomos pegos de surpresa e, em 30 dias, tínhamos que montar comissão, montar equipe e estar pronto para o campeonato. E nós sabemos que esse campeonato tem despesa. E o foco era o Campeonato Mineiro, inclusive porque estávamos aí numa reta final, com uma ascensão muito bacana”.

O presidente apontou a dificuldade que é uma Série A2 do Brasileiro e o curto prazo para montagem de um elenco competitivo. “Não tínhamos prazo para montar nossa equipe e iríamos disputar um campeonato com grandes equipes do cenário nacional. Não vamos submeter a credibilidade do Uberlândia Esporte e o nosso Feminino a uma aventura para tomar em 20, 30, a 0”.

Sobre a participação do Campeonato Mineiro Feminino, Jânio reforçou o interesse do clube e está no projeto de trabalho e orçamentário, porém depende agora da captação de recursos. “Vamos começar essa caminhada a partir de agora. Encerramos futebol masculino e nós já vamos trabalhar nesse norte a partir de agora. Então não existe essa história que o Uberlândia jogou fora um trabalho de base, jogou fora um trabalho feminino”.

Ao final, o presidente foi questionado a respeito do ofício direcionado ao Uberlândia Esporte Clube, que se tornou pública no final de semana, e mostrou sua total indignação sobre a denúncia.

“Olha, a minha indignação é de uma denúncia que não tem autoria, não tem prova. Aí dizem que tem provas. Então, por que que não juntou a prova para poder decidir a situação no Ministério Público? Não. Tentaram trazer administrativamente para o Conselho para poder se prepararem, se produzirem alguma coisa para tentar incriminar o presidente. Eu fico indignado com uma coisa dessa. Nós sabemos muito bem o endereço disso”.

Entre as razões sobre a possível motivação, Jânio apontou medidas administrativas que foram tomadas desde que assumiu a gestão do clube. “A nossa administração aqui cortou muitos privilégios. Fechamos as torneiras e, por essa conta, se tiver que pagar esse preço nós vamos pagar, mas esse processo vai chegar no Ministério Público, vai chegar na Justiça e a verdade prevalecerá. Estou muito tranquilo, muito seguro das nossas ações”.

Outro assunto discutido na coletiva de imprensa foi a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a qual Jânio se mostrou totalmente a favor, e aproveitou para criticar a política interna que atrapalha o planejamento das diretorias que passaram pelo clube.

“Sempre fui e sou favorável da SAF, porque você tem uma empresa onde o gestor administrará de forma técnica, apropriada, sem política, sem perseguição. A SAF trabalha pelo time de futebol e na formação, que é onde eles vão ter ativos. O Uberlândia Esporte precisa de estrutura profissional e, tentamos na nossa gestão, trazer uma administração muito profissional e é assim que tenho agido”.

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